Você já passou por isso pelo menos uma vez na vida… foi numa loja, solicitou algum produto e a vendedora disse que aquela peça era sua cara, e mesmo que você não tenha gostado, você leva ao provador para não chateá-la. Muitas vezes ocultamos a nossa verdadeira opinião para não magoar ninguém.
Nos negócios não é diferente, em formulários de satisfação e pesquisas, nem sempre eles conseguem identificar as verdadeiras opiniões dos consumidores. Na prática, isso significa que o nosso processo de tomada de decisão não é tão racional quanto costumamos imaginar.
Por isso, cada vez mais precisamos entender melhor o que influencia e move as decisões do consumidor, é onde surge o Neuromarketing. Nele estudamos o comportamento humano através do processamento de informações pelo cérebro. Ele também explica o motivo de diversas decisões que tomamos, principalmente na hora da compra.
O neuromarketing faz toda diferença na estratégia de campanhas para uma empresa. Isso porque nos ajuda a compreender alguns pontos. Continue a leitura que iremos explicar quais são!
O processo de tomada de decisões, não acontece de forma tão racional quanto imaginamos, esse processo inicia-se no inconsciente, quando determinamos alguns estímulos específicos, eles agem de formas específicas no cérebro.
O cérebro pode ser dividido em 03 partes:
Cérebro Reptiliano: controla tudo aquilo que é responsável pela nossa sobrevivência (necessidades fisiológicas), como respiração e batimentos cardíacos. Ele é ativado por emoções primitivas como medo, fome e raiva.
Cérebro Límbico: processa emoções mais complexas, é responsável por armazenar dados. Ele é ativado por sensações envolvendo os 5 sentidos, esses são: a visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato.
Neocórtex: essa é a parte que acreditamos utilizar nas tomadas de decisão já que é a parte que controla o raciocínio e o nosso lado social.
O marketing, com base nessas informações que são desenvolvidas a partir do estudo do neuromarketing, criam ações específicas para que alguma, dessas 03 partes do cérebro sejam ativadas, de acordo com o objetivo da campanha. Onde a partir disso, o consumidor será influenciado nas suas tomadas decisões para a compra de diferentes produtos.
Portanto, cada parte do nosso cérebro é ativado com determinados estímulos, esses são:
Você sabia que cada uma das cores afetam as nossas emoções de uma maneira completamente diferente? Se eu te perguntar, qual a majoritária cor que as empresas do ramo alimentício sempre utilizam, você provavelmente acertaria de primeira!
A escolha da cor vermelha, não foi decidida através de achismo. Isso aconteceu por que através do estudo do neuromarketing, foi descoberto que o vermelho pode evocar tanto raiva e perigo, quanto paixão, apetite e acolhimento. Além disso, o segredo da tendência para consumir determinados produtos está mais ligado ao cérebro do que o estômago.
Sendo assim, um dos grandes aliados de estratégias de marketing, é o estudo do neuromarketing. Porque escolher as cores que vão compor a paleta da campanha é uma tarefa que pode trazer um alto risco para o resultado da campanha, quanto pode ser um sucesso, isso ocorre por que cada cor está ligada a uma emoção, sendo assim influencia diretamente como o consumidor irá se sentir.
Será que a escolha da fonte utilizada em posts nas mídias sociais, anúncios em mídia paga ou sites influenciam na compra? A resposta é sim! O estudo de neuromarketing, também comprovou que fontes mais simples, cujo estilo tipográfico é chamado de “sem serifa” (são conjuntos de famílias tipográficas iguais essa do texto), são bastante utilizadas em jornal, redes sociais e conteúdos no blog, como esse, pois, facilitam a leitura e compreensão da mensagem.
Sendo assim, elas funcionam melhor quando é necessário convencer alguém a tomar uma ação, como comprar. E utilizando uma combinação de cores, fontes, tamanhos de texto e outras informações, é possível elaborar um site mais atrativo e aceitável para os consumidores.
Quando vamos ao mercado, vemos produtos de diversas cores e texturas. Entretanto, quando vamos à sessão dos matinais e vemos embalagens de cafés parecidas, é bem provável que iremos olhar primeiro para o pacote mais diferente da prateleira.
Isso corre por que o cérebro se apega a cores, sons, texturas, cheiros, enfim, tudo que gere de alguma forma sentimentos e emoções. Por isso, conteúdos visuais são os preferidos da maioria das pessoas e, sem dúvida, isso se deve ao fato de compreendermos com muito mais facilidade imagem do que palavras.
Como o cérebro toma as suas decisões de forma inconsciente, estimular esses sentidos faz toda a diferença na hora do seu consumidor definir a sua compra.
Quando entramos em um ecommerce à procura de um produto, como uma blusinha… em meio à tantas escolhas, acabamos decidindo o que comprar no “piloto automático”, um outro exemplo é quando subimos as escadas conversando e quando percebemos já chegamos, sem ao menos perceber como demos todos os passos. Essas ações acabam se tornando automáticas e inconscientes.
Para convencer o cliente, utilizam-se gatilhos mentais, estes influenciam nas decisões que o nosso cérebro toma “no piloto automático”. Por isso, em anúncios é importante colocar as palavras certas para garantir a persuasão. As principais palavras que chamam o cliente para o produto são:
Essas palavras garantem a persuasão, pois, ninguém gosta de perder, ainda mais num momento como esse: Você está pensando em fazer um curso, ao ver um post nas redes sociais da instituição que está oferecendo o curso dizendo “Últimas vagas para o curso x”. Nesse momento um processo de decisão será iniciado, porém, será tomado primeiro no inconsciente e só depois vêm à consciência, normalmente acompanhada de uma argumentação racional.
Isso quer dizer que, para toda e qualquer decisão que for tomar, é dividida em 03 partes:
Isso ocorre por que os gatilhos mentais ultrapassam a barreira do neocórtex e vão direto para o sistema límbico, engajando as pessoas e dando a motivação necessária para a ação. Por isso que o gatilho mental da escassez funciona tão bem, pois, através do neuromarketing descobrimos que a grande maioria das pessoas prefere não perder essa quantia a ganhar, mostrando uma clara aversão à perda.
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